segunda-feira, 25 de abril de 2011

Voar voar, subir subir!

             Como todo mundo aprecio a beleza e a elegãncia das criações de Deus, tambem fico curiosa com a sabedoria que Ele deu ao homem, que o torna capaz de criar, inventar, reinventar e até de voar.
             Uma das coisas mais lindas feita pelo homem que já vi foi um evento de balonismo. Enfeitiçada pela cena eu parada observava aqueles balões de todas as cores do arco-íris se encherem de ar e começarem a ocupar o céu azul claro. Amarrados com cordas bem grossas, os balões aos poucos inflavam se preparando para levar seus passageiros as alturas.
             Um balão chamou muito minha atenção. A maioria das pessoas estavam se afastando dele, pois tinha se tornado perigoso. O maçarico parar de lançar ar quente no balão antes que ele se inflasse por completo.Meio murcho e preso por uma corda longa ele se movimentava lentamente em circulo, derrubando tudo o que estivesse em seu caminho, como uma imensa bola de boliche. Um membro da equipe tentava deseperadamente desamarrar uma corda enquanto o balão causava um desastre em câmera lenta. Eu de longe, curiosa observava... Enquanto o balão continuava dando trombadas, sendo puxado e tentando se livrar das amarras. Eu sei como é sentir isso...Sei como é querer se soltar do chão estando amarrada a algo e tentar deseperadamente se libertar. Me lembro de várias vezes em que cordas invisiveis me mantiveram presa quando eu estava tentando alçar vôo. Apesar de meus erros e fracassos eu sabia que podia ser mais do que aquilo, que podia e posso ir muito mais além...
             Mais tarde refleti mais um pouco sobre as incriveis semelhanças que temos com os balões. Percebi que todos estamos a bordo de um balão de gás. E quer reconheçamos quer não, todos estamos participando de uma corrida. Alguns ainda estão presos ao solo, procurando uma forma de se soltar para poder voar. Há ainda aqueles que sobem, mas não conseguem alcançar uma boa altitude por que estão carregando muito peso; as cordas e os pesos os impedem de se libertar e subir.
             Quando os balões começam a decolar, alguns vão imediatamente pra cima, enquanto outros planam sobre a superficie, a pouca altura do chão. A pessoa na gôndola entende que o quê está atrapalhando são os pesos e começa a se livrar deles o mais rapido possivel e então o balao começa a subir.
             A viagem da vida está toda centralizada em você, seu balão, seus pesos, suas amarras, as dificuldades que o detém. Nunca esqueça que você pode voar! E o ar, o cenário, e a própria vida serão muito mais bonitas e emocionantes quando você detectar quais são os pesos da sua vida...E jogá-los fora do balão.
            Cada um de nós tem limitações pessoais para superar, precisamos apenas de um plano para saber por onde começar. Não me importo de ter limitações pessoais que preciso encarar. Só não quero ter no ano que vem, as mesmas que tenho este ano. Ainda estou crescendo... mas a cada passo me torno mais aquela que estou tentando ser e isso me anima. Desejo ser essa pessoa e quero celebrar a vida com aqueles que também escolhem ser tudo aquilo que podem ser.
            Espero que nessa jornada você também descubra a vida, que no fundo, sempre soube que poderia ter.

              

sábado, 16 de abril de 2011

Decididamente Borboleta

Rudolf Steiner, pai da Antroposofia, disse que: as borboletas são flores que se desprenderam da terra... E que as flores são borboletas que a terra apreendeu...
Seja como for, se as flores marcam a primavera, as borboletas são seu símbolo maior.
São quatro fases da mesma vida: ovo, lagarta, crisálida e borboleta.
Enquanto ovo, é princípio vivo, puro. Representa a potencialidade do ser, guardada dentro de um invólucro de heranças parentais.
É fundamental para desenvolver a solidez das bases estruturais do indivíduo. Mas num determinado momento, torna-se necessário romper com essa capa de proteção, para caminhar sobre as próprias pernas.
A lagarta tem o aprendizado da terra, do rastejar, das coisas que se processam lentamente. Simboliza os cuidados com o mundo físico, com os aspectos materiais que compõem a existência cotidiana. Pode ser o lado pesado da vida.
A crisálida é o encapsular para gestar. É como se retornasse ao estágio do ovo, mas só que por escolha pessoal. É criar um casulo para si mesmo, como forma de conectar-se com seus sentimentos, sua interioridade e seus próprios desejos.
E, finalmente, as asas libertam a borboleta! Mas, para se chegar à borboleta, é preciso superar o conforto e a comodidade do “já conhecido”...
É preciso deixar morrer o velho e partir ao encontro das possibilidades em aberto, sem certezas, sem garantias.
A borboleta é a lição viva de que tudo é passageiro.
Assim também somos nós...
Uns vivem para sempre no ovo...
Outros jamais passam de lagarta...
E tem gente que vive gestando um sonho, um ideal, mas sem nada realizar...
Ainda existem aqueles que, com esforço, se libertam, ganham asas e voam leves! Pousam aqui e ali, no colorido das flores, e só de existir fazem a vida mais bela!
Identifique em que fase você está e observe como fazer para processar a sua metamorfose.
Viver é cumprir fase por fase. Desapegar-se do antigo e entregar-se ao novo até ser capaz de voar.
Desperte e tente uma nova forma! Deixe acontecer em você esse misterioso processo de se abrir para florescer! Deixe aparecer suas asas, suas melhores cores, seu vôo!